
Giovana Cordeiro
Giovana Cordeiro é atriz e mora no Rio de Janeiro, RJ. Como está sendo para você ver a cena cultural voltando devagar a acontecer? Como foi vivenciar isso tendo abertura neste cenário, estando inserida nele? Passar por este processo me desafiou para que eu me colocasse em um lugar diferente. Tive a sorte de estar em um projeto que estrearia durante a pandemia, eu tinha o filme sobre o Magal ali na expectativa… Então, de certa forma, comparado a tudo o que tava acontecendo, eu me sentia assim: “beleza, isso aqui vai acontecer, vamos trabalhar.” Eu estava organizada e conseguiria tentar entender as coisas. E aí, artisticamente, foi amadurecendo por aqui uma uma independência, mesmo. A classe, num geral, teve que aprender a se produzir. E isso envolveu muita coisa, todo mundo tendo que se reinventar. Eu comecei a me pensar nesse lugar, da escrita, ou de pensar em produzir, chamar amigos para projetos… Foi muito bom artisticamente e eu me conheço mais fazendo isso, sabe? Participando de coisas com pessoas que são próximas… Estava pensando nisso ainda agora: a gente, num cenário um pouco carioca e até mais audiovisual, fica querendo ser visto por pessoas, querendo trabalhar com pessoas… […]
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SILVA
SILVA, cantor, compositor, produtor e instrumentista, é de Vitória (ES). Que lente você usa para ver tanta poesia no mundo? Nossa, várias! Maconha, álcool… (risos) Não sei, acho que tudo, o meu trabalho é muito autobiográfico, apesar de as minhas letras não serem tipo as da Alanis Morissette, que contam todas aquelas histórias. As minhas são mais abstratas, mas, ao mesmo tempo, a vibe inteira condiz muito com o momento em que estou. Meus dois primeiros discos, “Claridão” e “Vista Pro Mar”, têm tudo a ver com a minha formação. Eu sou um cara de família protestante e a parte musical dela – são muitos músicos – é toda da área erudita. Então tem essa formação mais séria. E você veio dessa formação também! Vim! Sou formado em violino clássico. Mas eu sempre fui muito questionador em casa, a minha mãe é professora da UFES, ela sempre deu aulas de flauta e agora tem um projeto de educação musical para idosos, que é muito legal. Está colecionando umas histórias incríveis! Então é isso, eu cresci nessa casa e fui muito incentivado a me aproximar da música. Mas era uma música bem dentro do padrão e eu tive que quebrar muitas […]
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Rafael Coutinho
Rafael Coutinho é quadrinista, cartunista e ilustrador e nasceu em São Paulo (SP). Você estudou arte a fundo. Não sei se a fundo, não, acho que tangenciei a arte e que tenho uma carreira bem superficial de artista, que não tem tempo para se aprofundar. (risos) Mas sim, eu estudei arte. Como estudar arte influencia na forma como você faz arte? Ah, foi muito bom! Tem coisas e reflexões sobre o fazer artístico que você não aprende de outra forma, a não ser lendo e estudando, e eu era muito jovem e tinha muitas dúvidas sobre o que era ser artista, então foi um período de conhecer colegas do meio – fiz muitos amigos artistas plásticos – e de experimentar muitas coisas, o que fora da faculdade fica mais complicado de fazer, testar técnicas mais tradicionais… Acho que é uma “caminha” para você conseguir, a partir dali, criar uma narrativa própria. Eu sou bem grato, tenho reflexões que sei que saíram dali sobre o trabalho estar ou não amarrado conceitualmente, se ele se desdobra ou não, se não está muito superficial… Onde você fez faculdade (de Artes Plásticas)? Na Unesp. Me formei em 2004. Tenho 36 anos. O seu trabalho […]
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Camila Honda
Camila Honda é cantora e compositora e nasceu em Belém (PA). A primeira pergunta é sobre uma frase da bio do seu site, que te define como “meio brasileira, meio japonesa e um pouco europeia”. Explica quem é você. É que meus avós por parte de pai são japoneses e vieram para o Brasil fugidos da crise do Japão na guerra. Meu pai já nasceu em Belém e minha mãe é paraense, mas ela tem descendência portuguesa, e eu morei um tempinho em Portugal. Mas não tenho cidadania portuguesa, só japonesa, acabei não vendo se era possível ter três cidadanias. Eu tenho essas referências, sabe? Convivi muito com os meus avós japoneses, convivo até hoje. Você fez mestrado lá em Portugal, certo? Sim, fiz mestrado em Criação Artística Contemporânea… Foi em 2009. Morei lá por pouco mais de dois anos, em Aveiro, fazendo mestrado, e em Lisboa. Ficava um tempo lá e um tempo cá. Eu comecei um estágio em Lisboa e tive uma peça em cartaz ali, de teatro musical. É muito cruel te perguntar qual foi o lugar da mais lindo da Europa que você conheceu? Mais lindo? (risos) Eu gostei muito de Barcelona, foi uma experiência incrível. […]
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