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Larissa Nunes

Larissa Nunes (São Paulo – SP) é atriz e cantora. Como é que tem sido viver como artista no Brasil em 2023? Você está notando muita diferença dos quatro anos anteriores que tivemos para agora?  Olha, viver como artista no Brasil, nas condições em que vivo agora… Eu sinceramente considero um momento muito único. A minha carreira tem visto uma sequência de trabalhos, eu acabei fazendo muitas coisas e essas coisas estão prestes a ser lançadas. Estou com tudo em pós-produção, vou fazendo séries que sei que só vão aparecer daqui a um ano, mas, de maneira geral, tenho me sentido muito produtiva, intensamente inspirada e com esse desejo de entrar ainda mais no fluxo que a gente tem produzido, né? A retomada do Audiovisual, desde a pandemia, tem acontecido aos poucos, não é tão da maneira como a gente gostaria, mas sinto que estamos fazendo uma coisa muito legal e, ao mesmo tempo, muito inédita, principalmente para a pessoas que vieram de uma trajetória como a minha, uma trajetória periférica. Parece que as coisas estão começando a entrar no eixo e isso faz com que eu tenha uma sequência de personagens relevantes e protagonistas e ocupando lugar no streaming, […]
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Mariana Volker

Mariana Volker, nascida no Rio de Janeiro (RJ), é cantora e compositora. Parabéns pelo álbum novo [“Impossível Dizer Que Não Senti”]! O lançamento de um álbum deve ser um processo bastante catártico. Como foi a estreia? Como você está se sentindo agora que “foi”?Foi muito catártico. Nunca é suave o processo de fazer discos, sempre é um processo de parir, mesmo. Tem horas em que você fala “não vai rolar, não quero mais” e logo depois emenda um “nossa, é isso”! Tem um encantamento. E este foi um disco que não nasceu com a ideia de ser um disco. Lá atrás, quando o comecei no início da pandemia, quis fazer um EP com quatro músicas acústicas. Queria gravar as vozes em casa, porque estava todo mundo confinado. Aí virou um disco de nove músicas, com muitos canais e instrumentos… virou o que virou porque ele foi acontecendo! E nesse processo, às vezes a gente acaba se questionando sobre muitas das músicas… Uma das minhas preferidas do disco, por exemplo, quase tirei de lá – e isso é muito louco. Mas foi bom, porque acho que, nesse disco, eu entendi a minha linguagem, minha força como artista, o que eu sei […]
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Duda Brack

Duda Brack (Porto Alegre, RS) é cantora, compositora e atriz. Tem muita coisa acontecendo na sua vida no último ano… o que você considera que está rolando de mais incrível na sua vida agora? Acho que a novela (“Além da Ilusão”, da Globo) foi um presente muito simbólico, porque era algo que sempre quis fazer. Se eu for rememorar as minhas primeiras brincadeiras de infância, elas eram muito mais associadas com interpretação, tinham personagens… O cantar e a música vieram para mim bem depois. Eu descobri que cantava bem aos 11 ou 12 anos e aí, devagarzinho, fui começando a me soltar. Só quando fiz 15 anos que assumi realmente que eu gostava de cantar e iria me jogar. Aí comecei a cantar em bares, festas de casamento, formaturas… Inclusive, acho que não vivi boa parte da minha adolescência tradicional, como a maioria das pessoas, que fica mais ocupada com “sexo, drogas e rock’n’roll” (risos), porque eu estava imersa em fazer música. E eu ainda tinha uma ideia de que havia começado muito tarde, que a maioria das cantoras começam aos 2 anos de idade, que têm família de músicos… eu achava que estava chegando depois no rolê. Eu tinha […]
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Vinicius Calderoni

Vinicius Calderoni, dramaturgo, diretor, ator e músico da banda 5 a Seco, é de São Paulo (SP). Fiz faculdade com o Pedro Viáfora, seu companheiro de 5 a Seco, e acompanhei o grupo começando a acontecer, fui ver vocês tantas vezes! Mas só soube sobre a sua companhia de teatro, a Empório de Teatro Sortido, algum tempo depois, quando uma amiga me mostrou uma matéria que saiu em um jornal com um título esquisito – que parecia um erro!  Sim! Eu achei aquilo genial! Era “Aqui vai um título grande e complexo”. Eu não acreditei quando vi! E é engraçado porque nossos títulos nem são tão grandes e complexos, só o nome da companhia… (Risos) Achei muito bom! Me formei há um ano no [Teatro Escola] Célia Helena e não sei o quanto você tem dimensão disso, mas você já é uma referência nas aulas: a sua linguagem, o tipo de texto que você escreve e o seu trabalho como diretor. Nossa, me conta mais, não sei de nada! Estou meio chocado com isso, já tem montagens nas escolas. Teve uma agora no Célia, de “Os Arqueólogos”, e fiquei: “o quê? Ninguém me avisou? Eu queria tanto ter visto!” Aí fizeram “Ãrrã” […]
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Aíla

Aíla é cantora e compositora. Nasceu em Terra Firme, Belém (PA). Quando foi que a música entrou na sua vida e quando você decidiu que música e política caminhariam juntas? Na verdade, meu sonho era ser diplomata! Nasci em um bairro chamado Terra Firme, na periferia de Belém. É o mais populoso de lá. E nunca foi muito fácil a minha vida, a minha mãe me criou solteira e eu tinha como foco fazer universidade. Você tem irmãos? Tenho por parte de pai, alguns. Eu entrei em Letras em uma universidade pública, a Estadual do Pará [UEPA], me formei e, paralelamente aos estudos, queria, além de estagiar, ter uma outra grana para ajudar a minha mãe, e uma coisa da qual eu gostava era cantar! Cantava na escola desde pequena, o meu avô tocava violão muito bem, meus primos davam aulas de canto, então tinha um círculo de músicos por perto, mas nada muito profissional, às vezes as pessoas tinham duas profissões, não chegava a ser uma referência. E, na faculdade, o meu bloco de Letras era do lado do bloco de Música, então eu acabava meu curso e ia para lá fazer festas com a galera, montar palcos… A […]
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SILVA

SILVA, cantor, compositor, produtor e instrumentista, é de Vitória (ES). Que lente você usa para ver tanta poesia no mundo? Nossa, várias! Maconha, álcool… (risos) Não sei, acho que tudo, o meu trabalho é muito autobiográfico, apesar de as minhas letras não serem tipo as da Alanis Morissette, que contam todas aquelas histórias. As minhas são mais abstratas, mas, ao mesmo tempo, a vibe inteira condiz muito com o momento em que estou. Meus dois primeiros discos, “Claridão” e “Vista Pro Mar”, têm tudo a ver com a minha formação. Eu sou um cara de família protestante e a parte musical dela – são muitos músicos – é toda da área erudita. Então tem essa formação mais séria. E você veio dessa formação também! Vim! Sou formado em violino clássico. Mas eu sempre fui muito questionador em casa, a minha mãe é professora da UFES, ela sempre deu aulas de flauta e agora tem um projeto de educação musical para idosos, que é muito legal. Está colecionando umas histórias incríveis! Então é isso, eu cresci nessa casa e fui muito incentivado a me aproximar da música. Mas era uma música bem dentro do padrão e eu tive que quebrar muitas […]
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Bruna Caram

Bruna Caram, cantora, compositora, escritora e atriz, é de Avaré (SP). Você é uma artista “ansiosa”, quer estar em todas as linguagens artísticas, sente isso formigando em você. Se a sua família não fosse tão musical, você acha que sua carreira poderia ter enveredado por outro caminho artístico? Eu acho altamente possível, mas não responsabilizo a minha família por trabalhar com música – às vezes até me incomoda quando dizem “ah, a sua avó era cantora, o seu avô era violonista, então não tinha outro jeito, né?”. É claro que tinha! (risos) A música na minha família nunca foi uma profissão, digo, nunca foi vista como uma maneira de ser famoso ou de um jeito super sério. Música é um modo de estarmos juntos, sempre foi. Eu tenho mais ou menos 30 primos e ninguém mais virou músico profissional. Mas todos fazem música! Quantos primos! É, a última vez que contei eram 27, mas não para de nascer gente, já estão nascendo os filhos dos primos… A música não era levada por esse lado em casa, então foi difícil para mim virar cantora. Quando eu era criança, queria ser desenhista! Eu amava desenhar, a minha primeira arte foi o desenho […]
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Thiago Pethit

Thiago Pethit, cantor, compositor, intérprete e ator, nasceu em São Paulo (SP). Onde você fez Artes Cênicas? Fiz Célia Helena. Me formei lá, fiz o curso técnico profissionalizante. Mas falo que me formei na vida, porque trabalhei muito com teatro. Eu estou lá! Faz um ano. Faço o técnico também. No Célia? Que ótimo! Que gostoso. Me formei em 2001. Que legal! Bom, comunicar e trocar com as pessoas através da arte, ao mesmo tempo que é um presente, é quase uma sina, né? É. (risos) Eu diria que é uma sina, mas acho que tem dois aspectos: se você realmente está disposto a não só comunicar, mas trocar, mesmo, você tem que receber tudo o que vier, tanto as coisas boas quanto as ruins ou desagradáveis. Eu, por exemplo, sou super curioso: logo que lanço um disco, busco o meu nome no Twitter para ver o que as pessoas estão dizendo. É lógico que não é sobre levar para o lado pessoal, é sobre estar interessado em como estão recebendo o que você está comunicando. Ao mesmo tempo, sinto que é uma espécie de sina no sentido de karma, uma necessidade e, hoje em dia, depois de muitos anos […]
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Filipe Catto

Filipe Catto é intérprete, cantor e compositor. Nasceu em Lajeado (RS). A gente tem pensado em formas diferentes de falar sobre assuntos recorrentes em entrevistas, sabe… Sim, tipo “quem são as suas influências”! (risos) É, dá para papear sobre quem você paga pau porque acha foda sem te perguntar se você busca ser igual a alguém… Eu, por exemplo, não costumo escutar nada que se pareça muito comigo. Escuto coisas diferentes, é muito difícil eu ouvir música buscando alimento, não busco exatamente onde as pessoas acreditam que eu busque, tipo “preciso chegar em casa e ouvir um disco do Milton”. Eu não vou fazer isso, apesar de amar o Milton. Entende? Claro! Bom, existe, na sua trajetória, um momento de virada, em que você entendeu que tinha “dado certo”, que viveria de música? Tive vários momentos de confirmação, mas a verdade é que nunca houve um “plano B”. O meu pai é músico, a minha família é de músicos e, mesmo tendo feito faculdade de Design Gráfico, me cerquei de várias artes para poder alimentar a minha música, que sempre foi o que eu fazia bem e de forma natural. Eu era bom naquilo, gostava de música, cantava muito bem. […]
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Baleia

Sofia Vaz e Gabriel Vaz, cantores, compositores e irmãos cariocas, são vocalistas da banda Baleia. Quando vocês se sentiram músicos pela primeira vez? Gabriel: Acho que, até hoje, não consigo me considerar um músico… Os momentos vêm, mas são pontuais, eu os perco, eles não ficam. Sofia: Não ficam, mas, para mim, por exemplo, quando bate mais é depois do show, quando a galera vem falar com a gente e você sente que, caraca, tem um público e ele estava esperando alguma coisa. Gabriel: É muito estranho porque você vê que representa algo para uma galera. Você acha que não e aí, de repente, tem um bando de gente com o disco na mão, querendo falar, tirar foto, emocionados. E a gente pensa: “Caraca, mas por quê?!” (risos) Sofia: Nós ficamos querendo resolver várias coisas, envolvidos preparando o show, ensaiando, passando o som, num mega estresse. Aí, quando você consegue fazer o show, o depois é o momento em que entende que tem público: pessoas que estão lá, pagaram ingresso para assistir a você e estão te dando esse feedback. Gabriel: Sabe quando me bate muito também? Quando tem lanchinho bom no camarim: “Nossa! Chegamos lá!” (risos) Isso que vocês falaram […]
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